quinta-feira, 27 de junho de 2019

Django y El Zorro. Mais uma vez, nossa música antenada com Tarantino...


Breve uma continuação do sucesso "Django Unchained" de Quentin Tarantino. Na história, os anos passam e Django ainda é um caçador de recompensas e por acaso se encontra com o envelhecido e sofisticado Diego de la Vega - El Zorro - logo, se vê fascinado por esse personagem incomum. Assim, tornar-se o guarda-costas de Dom Diego e a missão é ... Libertar indígenas da escravidão.A lenda do cinema americano está trabalhando com Jerrod Carmichael em um filme que é a adaptação da HQ crossover Django/Zorro. A história dos quadrinhos Cinemaster é exatamente uma sequência de Django Livre, o primeiro filme faroeste de Tarantino.


quarta-feira, 12 de junho de 2019

O Rio Doce está morto - É Oficial!



O rompimento das barragens em Mariana-MG é um desastre social – nove mortos e 18 desaparecidos já foram contabilizados até o momento. Aos poucos, porém, uma outra face da tragédia vem se revelando: o desastre ambiental provocado pelo rompimento. Por enquanto o Rio Doce – o mais importante de Minas Gerais – é a principal vítima. Especialistas já declaram que ele está oficialmente morto.

Uma análise laboratorial encomendada após o desastre encontrou na água do rio partículas de metais pesados como chumbo, alumínio, ferro, bário, cobre, boro e mercúrio. Segundo Luciano Magalhães, diretor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Baixo Guando, órgão responsável pela análise, “parece que jogaram a tabela periódica inteira” dentro do rio. Segundo ele, a água não tem mais utilidade nenhuma, sendo imprópria para irrigação e consumo animal e humano.

Além desses metais pesados, a própria força da lama prejudicou a biodiversidade do rio para sempre – ambientalistas não descartam a possibilidade de que espécies endêmicas inteiras tenham sido soterradas pela lama. A quantidade de lama é tamanha (cerca de 20 mil piscinas olímpicas) que o rio teve o seu curso natural bloqueado, fazendo com que perdesse força e formasse lagoas que também não devem ter vida longa, já que, além dos minérios de ferro, esgoto, pesticidas e agrotóxicos também estão sendo carregados pelas águas.

Pescadores da região criaram uma força-tarefa para combater o problema. A Operação Arca de Noé quer atuar em regiões da bacia hidrográfica do Rio Doce que ainda não foram atingidos pela enxurrada, transferindo os peixes para lagoas de água limpa utilizando caixas, caçambas e lonas plásticas.

A multa preliminar que a Samarco (mineradora responsável pela barragem) deverá pagar por causa dos danos ambientais gira em torno de R$ 250 milhões.

fonte Revista Galileu/Globo.com

Festival Canta Del Rei - Ray Titto

Naquele dia, contornado por montes mineiros, passamos com nossos instrumentos perto do Bairro Matozinhos. Ali, me perguntei por quê a música exige, sempre com desmedida convicção, que se separe o erudito do popular?

sábado, 4 de maio de 2019

Michael Moran, un maestro ecuatoriano en el Cerrado



Estudante de música desde os 7 anos em conservatório no Equador. Leitura fluente de partituras e conhecedor de teoria musical. Estudou vários instrumentos, mas especializou-se em violino, instrumento com o qual já atuou em variados grupos musicais. Passeia entre o repertório erudito e popular, com ampla experiência no estilo"mariachi" e música ambiental.

Ecuador es un verdadero crisol de etnias y culturas. Indígenas, afroecuatorianos, mestizos y descendientes de españoles se reparten sobre la costa, la sierra, el oriente y la región insular. Aunque el idioma oficial del país es el castellano, en el territorio ecuatoriano también conviven lenguas indígenas como el kichwa shimi, awapit, paicoca y záparo, entre otras.

sexta-feira, 3 de maio de 2019

O folk latino do compositor Ray Titto


https://www.instagram.com/raytittoeoscalabares/

https://www.youtube.com/channel/UCFvHlcZFU1ERH6wadJ7etmA/featured

São músicas que fizeram parte de três trilhas de documentários: Abaixando a Máquina 1, Mautner em Cuba, Mais Náufragos que Navegantes, com uma indicação pela Academia Brasileira de Cinema para o prêmio de melhor trilha sonora de 2017, finalista na categoria Rock & Blues do Prêmio Profissionais da Música de 2016. Oito delas, nas rádios Nacional FM e Cultura FM.

sábado, 20 de abril de 2019

Jorge Mautner em “Não há abismo em que o Brasil caiba”



A melhor definição do novo álbum do cantor e compositor Jorge Mautner veio do amigo e colega Péricles Cavalcanti: “Reencontrando, ouvindo e curtindo, agora, o ‘jeito’ Jorge Mautner de compor e cantar (e ‘discorrer’, livremente, sobre tudo!) nesse seu novo álbum, “Não há abismo em que o Brasil caiba”.
Há também uma inversão na frase de Péricles. Na verdade, bem próximo de completar inacreditáveis 80 anos, Mautner também se reencontrou com o seu melhor. Com o velho e bom vigarista Jorge que, ao lado do inseparável parceiro Nélson Jacobina, fez algumas das canções mais luminosas, inusitadas e modernas da nossa música.

“Não há abismo em que o Brasil caiba”, a começar pelo nome, é Mautner no esplendor da criatividade do começo ao fim. O título veio de uma exclamação do filósofo português, Agostinho da Silva, morto em 1994. Em Lisboa, ao ser informado sobre a crise do governo Collor, o filósofo disse: “o Brasil tem um destino tão grandioso, tão grandioso, que não tem abismo que o caiba”.

Discursivo, polêmico, repleto de ‘kaos’ e esperança, o álbum traz um autor reflexivo, desolado e, ao mesmo tempo, exaltando à unha personagens e situações que revigoram e florescem o dia a dia no coração do deserto. Entre elas, a encantadora professora “Catulina”:
Dona Catulina, é uma professora de já certa idade
e ela monta em seu burrico, no jumento
E eles vão trotando 40, 80, 120km
Só pra ela descer do burrico
e ensinar as criancinhas a ler e escrever.
Com saltos entre o ancestral e o contemporâneo, sagrado e profano, injustiça e misericórdia, Mautner relembra e surpreende em uma quase notícia de jornal:
É preciso arrancar
Da medula dos ossos
Dos nervos até a epiderme da pele
Este medonho cancro
Que matou Anderson Gomes
E que matou Marielle Franco

Repleto de referências ao candomblé, religião que encantou o compositor desde cedo, por conta de sua babá Lúcia, que era ialorixá, “Não Há Abismo em que o Brasil Caiba”, foi produzido pelo grupo Tono, que é formado por Bem Gil, Rafael Rocha, Bruno di Lullo e Ana Cláudia Lomelino.
Uma das melhores, mais encantadoras e contundentes canções do álbum é “Bang Bang” onde o poeta e escritor volta ao seu melhor do melhor:
A bala perdida
Lá do bang bang
Abre uma ferida
De onde escorre o sangue
Que se esvai e vai
E a pessoa morre gritando
Ai, ai, ai, ai, ai
É tristeza em tom absoluto
Parece que ninguém se lembra
De Joaquim Nabuco

No final das contas, “Não há abismo em que o Brasil caiba” é mais um belo resumo da capacidade que Jorge Mautner tem em traduzir para todos, de forma alegre e extremamente brasileira, a sua verve e seu conhecimento descomunal em assuntos díspares vindos de todas as partes.

Por Julinho Bittencourt